O que é liturgia? (II)

Quando batizados, somos enxertados no Cristo. Morremos e ressuscitamos com Cristo. Tornamo-nos Igreja. Este sacramento nos transforma, fazendo-nos reis, sacerdotes e profetas. Somos reis para nos colocarmos a serviço do próximo, construindo comunhão e comunidade. Somos profetas quando anunciamos o reino de Deus presente no mundo, por meio d a Igreja de Cristo. E, por fim, ao sacerdote, cabe a liturgia.
Na liturgia, a ação salvífica de Deus na história se torna presente de modo simbólico sacramental. Entenda-se por simbólico aqui, como sinal aberto a sentidos escondidos, mais plenos, que necessitam serem interpretados.
Pela liturgia, principalmente no divino Sacrifício da Eucaristia, é exercida a obra de nossa redenção. A liturgia é a fonte da qual emana toda a força da Igreja. É cume para o qual tende toda a ação da Igreja. Cristo está sempre presente na Igreja, sobretudo na ação litúrgica. Esta presença é tão real quanto a presença sob as espécies eucarísticas.
Quem celebra a liturgia é a Igreja, ou seja, o Cristo todo, cabeça e corpo. É toda a assembléia litúrgica que celebra o mistério pascal de Cristo. O mistério pascal da morte, paixão e ressurreição de Cristo está no centro da vida litúrgica. Na Igreja antiga, os sacramentos são chamados de mistérios, pois são sempre memória e presença do mistério do Cristo.
Não existe divisão entre a celebração litúrgica e a vida cristã. Existe vida cristã, porque existe liturgia, presença e atualização sacramental do Mistério de Cristo na história. A vida cristã nasce na celebração.
Uma forma de celebrar a liturgia é pela oração das horas. Pela oração litúrgica das horas, vive-se o mistério pascal do Cristo. Portanto, a Igreja incentiva a prática da oração das horas, para que nasça uma vida cada veza mais cristã.

Por Fábio Cristiano

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