Juízes 9

Armadilhas, contendas, maldições e vinganças são assuntos deste capítulo de Juízes. Nele podemos ver até onde vai a ganância do homem por poder. Este capítulo mostra uma situação no mínimo confusa e cheia de tramas. Quem é mocinho? Quem é o vilão? A quem Deus ajuda? A ação de Deus configura uma "vingança", ou um ato de justiça segundo as leis vigentes da época?

Vamos ler e partilhar.
Deus os abençoe.

4 comentários:

Fred disse...

Na leitura deste capítulo, o que mais me marcou foi Abimelec atar os 70 irmãos de Jotão para chegar ao poder. Seria mesmo necessário isto? Me pareceu que ele tinha medo de não perdurar ou mesmo não ocnseguir ser o chefe de Israel.

Será que em nossas vidas também não passamos por cima das coisas, ou poir, das pessoas, para atingirmos nosso objetivo. na igreja mesmo, será que muitas vezes não desrrespeitamos o próximo, só para fazermos as coisas do nosso jeito.

Talvez seja o momento de prestarmos atenção às nossas atitudes (auto-crítica) para evitarmos situação onde impomos nossa vontade, sem nos abrir ao novo e às sugestões dos outros.

Deus os abençoe,
Fred

GABI disse...

não senti nada para comentar deste capítulo, então irei refletir a partilha do Fred

Elaine disse...

Fui tocada pela metáfora das árvores proclamada por Joatão do ves.8 ao 15. Muitos querem apenas os lugares de liderança ou de destaque, porém, aos olhos de Deus o que vale é a nossa entrega do que temos de melhor. Assim como a oliveira prefere ofertar ao Senhor o seu óleo, a figueira e a videira preferem ofertar ao Senhor o seus frutos, assim também devemos ofertar ao Senhor aquilo que sabemos fazer melhor. Sem preocuparmos se reinaremos sobre os outros ou se apareceremos mais que todos. Deus quer que sejamos fiéis no nosso pouco e a vaidade do poder devemos deixar para os "espinheiros". Valorizemos os nossos talentos e os coloquemos a serviço do Senhor.

Anônimo disse...

O desenvolvimento e o desfecho da história não fogem muito daquilo que vemos nas partes anteriores da narrativa. Quer dizer, Abimelec vai ficando cada vez mais perverso, matando muitos para afirmar e reconhecer seu poder, quando uma pedrada dada por uma mulher acaba com a história.

A novidade aqui, o processo de tomada do poder, é a parte que me toca mais. Pra começar, o texto não diz que algum dos 70 filhos de Gedeão queria liderar o povo, assim como na fábula, onde nenhuma das árvores frutuosas aceita o poder. Ou seja, parece que a motivação da tomada do poder é muito mais o medo.

Depois, os senhores de Siquém apoiam Abimelec, dizendo que era seu parente. Neste momento parece evidente a cegueira causada pelo mau, ou seja, o fato de Abimelec ser filho de Gedeão com um concubina é quase completamente ignorado.

O pai de Abimelec, também chamado Jerobaal (cf. Jz 6,32), que acabou se tornando um símbolo de luta contra a opressão e o mal, assim como um símbolo da presença de Deus, a até do Seu amor, é totalmente esquecido até mesmo pelo seu filho. O que acaba se tornando a desculpa de Abimelec é sua filiação Materna, apesar de sua mãe ser uma concubina, e por essa razão ele poderia ser naturalmente marginalizado das questões políticas, o que espantosamente acaba não acontecendo.

Uma das inferências possíveis aqui é entender que Abimelec deve ter sido criado com a sua mãe, e deve ter sido uma infância e uma adolescência difíceis, vista a classe social à qual sua mãe pertencia. E vejo ainda que pra ele, sabendo que seu pai era Jerobaal, devia ser um motivo de revolta muito grande.

O que fica pra mim de toda esta situação é a responsabilidade incutidas na paternidade e na maternidade. Os filhos de nossa geração são nossa responsabilidade. A vida deles, as realizações deles, é o reflexo direto da educação e do amor à eles dispensados. Será que todos os pais e todas as mães hoje entendem isso? Será que nós, pais, mães, futuros pais e futuras mães, entendemos isso? Este capítulo me leva a entender que a construção do reino de Deus é algo que nos precede e que continuará depois de nós, o que torna ainda maior nossa parcela de responsabilidade, pois somos signatários de um projeto de salvação que já envolveu muitas vidas, e que envolverá ainda muitas outras.

Sagrada Família, rogai por nós.

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